domingo, 6 de junho de 2010

O último sofrimento

Faltava apenas uma tortura para o torcedor palmeirense, ao menos na teoria. O mínimo que se espera é que a diretoria tenha consciência da ruindade do time e parta às compras, até porque Kléber sozinho não resolve para nenhum time do planeta. Porém, antes de sair às compras, era necessário entrar em campo uma última vez.

A partida que encerraria o pré-Copa não tinha lá grande expectativa. A enorme maioria apontava vitória fácil do Inter, e com razão. O Palmeiras, para ter alguma chance, deveria jogar como time pequeno: marcando muito e saindo em contra-ataques, para aproveitar uma, duas ou três chances no jogo inteiro.

E pensando nisso, o time entrou muito bem escalado. Uma linha de quatro atrás, com Vítor, Maurício Ramos (que jogou muita bola), Danilo e Eduardo. Três volantes: Pierre, Márcio Araújo e Edinho. O primeiro acompanhava individualmente D'Alessandro. Edinho ficava circulando, hora pela direita, hora pela esquerda, acompanhando a movimentação de Giuliano. Por fim, Márcio Araújo, que ficava pela direita, ajudando Vítor e sendo responsável por puxar contra-ataques com o mesmo ala. Cleiton Xavier, mal hoje, tentava absorver a bola e levar para Lincoln ou Ewerton, que tentavam resolver de alguma forma.

Para quem estiver com preguiça de ler, o jogo foi basicamente assim: Inter com posse de bola, sem grandes jogadas, passa a chuveirar na área e ver no que daria. O Palmeiras marcava e esperava um contra-ataque.

Essa foi a tônica da aprtida. Os primeiros cinco minutos foram de posse de bola alviverde. Só. O Inter ficava com ela no pé com facilidades a partir disso. Porém, não conseguia criar nenhuma jogada pelo chão. A marcação alviverde era muito bem feita, poucas faltas cometidas, roubadas de bola limpas.

Aos 14, a tragédia Colorada. Vítor saiu bem pela direita e tocou para Márcio Araújo. Este virou para Ewerton, que escorou e viu Lincoln acertar belo chute. Palmeiras 1x0. O óbvio era que o jogo seguisse assim, com um Palmeiras ainda mais fechado.

E foi o que se viu. O que era para ser uma marcação de meio campo, virou marcação de terço de campo, muito perto da área. Só que o Inter não tinha como jogar, com dois centro-avantes pesadões e grossos: Alecsandro e Walter. Restava o chuveirinho e, isto, facilita a vida da defesa.

Não por acaso, só duas jogadas de gol. Um chute fraco de D'Alessandro e um cacetada de Guiñazu. Ambas bem defendidas por Deola, que fez primeiro tempo inseguro.

Na segunda etapa o jogo mudou um pouco. O Palmeiras jogava mais solto, e logo no começo já encaixou outro contra-ataque com Ewerton. Lauro fez ótima defesa. Só que veio então o que todo Palmeirense racional temia.

O treinador colorado tirou um dos grossos e colocou Taison. Agora sairiam muito mais jogadas de perigo, com quase certeza. O Verdão seguiu marcando pressão, mas já via que a corda iria estourar. Deola mostrou bastante segurança no segundo tempo, e fez três ou quatro defesas, até Giuliano acertar o cantinho, em rebote. 1x1.

Faltando ainda muito tempo, o Palmeiras voltou à proposta do primeiro tempo, marcar dentro da área. Seguiu marcando bem, mas agora tinha Taison. E as jogadas foram sendo criadas. Só que Deola estava bem e segurou o que pôde e o que não pôde. O arqueiro, que substituía Marcos, fez segundo tempo quase brilhante.

E no fim o 1x1 ficou no placar. Justo? Talvez. O Inter teve mais presença ofensiva, chutou muito mais, porém tinha uma defesa bem postada e um goleiro inspirado. Dentro da proposta de jogo, nenhum dos dois foi bem. O Inter tinha a bola, mas não concretizou em chances reais de gol. O Palmeiras marcava bem, mas também não encaixou o contra-ataque. Creio que o 1x1 fica justo. E amplamente melhor para o time paulista, que esperava sair do Rio Grande do Sul goleado.

E o empate deixa o Palmeiras há dois pontos da zona de rebaixamento e há três do famoso G-4. Qual será o objetivo alviverede? Isso a diretoria vai decidir com as contratações. E, diga-se, a menos que ocorra uma mudança radical do atual elenco, a briga vai ser pelo grupo do descenso.

Resta aguardar e dar um ÚLTIMA chance a essa incompetente diretoria

sábado, 5 de junho de 2010

O grupo do Brasil na Copa

Ao final do sorteio da Copa todos os olhos estavam pasmos para um grupo específico, que já nomearam de "Grupo da morte" nas primeiras análises. Era o grupo do Brasil, que não por acaso ficou para a última análise. O grupo só não pode ser nomeado de mais difícil, porque aparentemente a Coréia do Norte é seleção morta. APARENTEMENTE, eu disse.

O Brasil, todos sabem, é o contra-ataque em sua essência. Seu armador, Kaká, tem como forte velocidade e arranque. Além disso, possui um dos melhores centro-avantes da atualidade, Luís Fabiano, além da boa dupla Nilmar e Robinho - este que, gostem ou não, vai muito bem com a amarelinha.

Não só por isso a equipe é tão forte -e também não só pela tradição em Copas. O grande forte do Brasil é o sistema defensivo. Júlio César é o melhor goleiro do mundo, e possui o melhor zagueiro a sua frente: Lúcio. É foda marcar no Brasil, para ser bem claro. O único pecado de Dunga é ter tantos volantes - e assim não ter muitas opções para mudar ofensivamente o time. Mesmo assim, Brasil é Brasil, e em Copas nunca se pode duvidar da seleção canarinho.

O principal rival do selecionado brasileiro é Portugal, a seleção que, no sorteio, todos temiam no pote 2. Se o time comandado por Cristiano Ronaldo não empolgou nas eliminatórias, precisando de uma repescagem contra Bósnia para chegar à Copa, não é bom subestimar - e não por acaso sua bolinha era temida.

Falta ao time luso aprender a não crer apenas em Cristiano Ronaldo, que é bom jogador, mas está longe de ser Pelé - ao contrário do que o próprio pensa - e desta forma, não pode resolver sozinho. Faz-se necessário que brilhem outros nomes, tais como o queridinho da imprensa local, João Moutinho.

Vindo lado-a-lado com Portugal, vem a forte Costa do Marfim, comandada por diversos craques do futebol europeu. O grande destaque é Drogba, que causou susto com a entrada do nipobrasileiro Tanaka - que já cogita tirar o posto de mais temido que atualmente pertence a Chuck Norris.

O time africano é certinho, tem ótimas jogadas e tudo mais. Qual o problema e que a deixa atrás nas apostas de Portugal? Simples, em janeiro, ou seja, há menos de seis meses atrás, na Copa Africana de Nações, esta foi A decepção do torneio. Qual será a Costa do marfim da Copa?

Correndo bem por fora, está Coréia do Norte, que é tão fechada que foi a última nação a divulgar seus convocados. Não bastasse isso, ainda tentou burlar a FIFA colocando um atacante no lugar de goleiro.Nem que pudesse mesmo utilizar isso, deixaria de ser franca-atiradora. O problema é que esta era exatamente a função do país na última copa, em 1966. E foi bem longe...

Aposta: Brasil e Costa do Marfim

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Reforços já!

A primeira parte do Brasileiro vai acabar no próximo domingo. Mas todos já sabem que o Palemrias ficará com a contagem de pontos atual. E que, caso seja mantido este time, é o primeiro rebaixado certo. Contudo, nem a diretoria incompetente como é não percebeu isso.

E já foi às compras. Trouxe Kléber. O jogador tem muita raiva dos rivais, o que não é ruim por completo. Afinal, nunca vi um são paulino reclamar de Robert, um santista reclamar de Edinho ou um corintiano reclamar de Jumar. Alguma qualidade o rapaz tem, e tem mesmo. Pode não ser um exemplo de pessoa, mas será muito útil.

O problema, porém, é que não sabemos que Kléber vai ser este. será o de fim de Cruzeiro, ou aquele que deixou saudades no Palmeiras? Mesmo que seja o segundo, é um erro pensar que ele fará milagres.

Acho sim que a defesa está razoável. A prova disso é que o time tomou poucos gols. Quatro em seis jogos. Boa média. Só que, por outro lado, o time marcou apenas cinco, e em dois jogos. Passou quatro em branco. E não será somente Kléber que vai salvar. Faltam dois meias e mais dois atacantes.

Cleiton Xavier daria um ótimo segundo volante. Lincoln e outro meia ajudariam. mas ainda falta um atacante descente para afzer gols. Kléber não é centro-avante, nunca foi, nunca será. Para fechar, o time poderia reintegrar Diego Souza, já que o clube não está podendo dispensar.

Vindo Valdivia, poderia-se formar um belo meio campo: Diego Souza, Cleiton Xavier, Lincoln e Valdivia (ou outro meia, que seja o Ramos, da base). Ofensivo? Não creio. Os dois primeiros começaram como volantes, e vejam o Santos... Precisa de cara que saiba jogar no meio, só isso. os quatro sabem, Edinho e Pierre só destroem... A qualidade de jogo do alviverde melhoraria muito, e o jogo também. Futebol, quem ganha é meio de campo. Não adianta entupir de nêgo ruim de bola.

Não só isso, precisa-se com urgência de um técnico de verdade. E é bom que já relate-se, Adílson Batista não é.

Enfim, o fato é que, ao final da Copa do Mundo, já teremos a certeza se o Palmeiras briga para não cair, se fará uma campanha relativamente tranquila, ou, quiçá, poderá pensar em ficar na metade de cima da tabela.