segunda-feira, 3 de maio de 2010

Que jogaço!

Muitos dizem que o futebol é um esporte tão sensacional pelo imponderável, e com razão. O Santos, que já vem encantado o Brasil com suas atuações, conseguia uma vantagem de perder por dois gols. Todos já davam o time alvinegro como campeão, especialmente os que se dizem especializados no assunto (imprensa). Fosse basquete ou volei, isso se justificaria. Mas aqui é futebol, porra.

As pessoas parecem querer esquecer o que vêem. Na semana passada o Ramalhão fez um primeiro tempo primoroso. Recuou no segundo e se complicou. Mas o segundo jogo estava por vir, e por que não jogar toda partida como o primeiro tempo da semana passada?

Aos do "já ganhou", Nunes mandou o recado aos 30 segundos de jogo. 1x0. O título era santista, mas era para pôr um fogo no duelo, um fogo que viraria uma verdadeira labareda. Em cagada de Cicinho (que deu uma lateral gratuita, e ninguém comentou), Robinho ajeitou de letra para Neymar dar duas fintas na defesa antes de encher o pé. Isso praticamente dentro da pequena área. GOLAÇO! 1x1. Não tinha 10 minutos de jogo.

O Santo André, por incrível que pareça aos comentaristas, era melhor no jogo. Bem melhor. Mas isso nem era de se assustar, ao menos para quem viu o primeiro tempo do outro jogo. O Ramalhão foi pra cima. Obrigou Felipe a boa defesa. Meteu uma bolana trave. Em erro gravíssimo da bandeirinha, teve um gol legítimo anulado. E ainda, na sequencia disso tudo, fez 2x1 em escanteio com Alê. Relate-se, nesse tempo todo o Santos não chegou uma única vez com perigo. E no meio disso tiveram as expulsões de Nunes e Léo. O time do ABC saiu perdendo.

Contudo, não tardou a empatar num toque genial do CRAQUE PH ganso. De letra, deixando Neymar cara a cara com o goleiro. De canhota, ele marcou seu segundo gol. Outro golaço.

O jogo seguiu igual. Até Marquinhos dar uma voadora e ser bem expulso. O próprio reconhceu que mereceu o red card. A final estava eletrizante e totalmente aberta, ainda mais depois do terceiro gol do Santo André, no finalzinho do primeiro tempo.

Confesso, fiquei decepcionado com os 15 primeiro minutos da segunda etapa pelo Santo André. Esperava pressão maior. Longe, porém, do time jogar mal, pelo contrário. Teve chance claríssima salva sobre a linha por Arouca.

O tempo passava e o Santo André tentava a todo custo buscar o gol. Nem parecia que era a tal final que alguém ousou dizer que estava definida. Eis que surgiu a figura do nome do jogo. Até então era Branquinho. Passou a ser do campeão.

Paulo Henrique Ganso, que já era um dos destaques do Peixe na criação das jogadas ofensivas, mostrou uma experiência que não aparentava ter pela idade. Prendeu bola, sofreu faltas. Genial. Resolveu o jogo para o Peixe, que mereceu o título. Pode não ter feito o jogo dos sonhos na final, mas o campeonato (chato) teve 19 longos jogos e mais quatro de mata-mata. E o Santos sobrou no total.

Mesmo assim, Ganso não teve como impedir a bola do campeonato. Rômulo cruzou e Rodriguinho só desviou, com a pontinha da chuteira. A bola tocou na trave e não entrou. Foi mais que a bola do jogo, foi a bola do campeonato.

E uma dedicatória aos vários santistas (e quiçá não santistas) que vieram a falecer neste último domingo devido as fortes emoções geradas pelo jogo final do paulistão.

3 comentários:

Lucho Cláudio disse...

Eae meu! Tu andava sumido cumpadi... kkkk

Futebol ao Cubo disse...

Fala, cara!

Pô, tava sumido mesmo hein rs

Cara, eu vi só o segundo tempo, e foi um daqueles jogos pra guardar na memória, o Santo André jogou DEMAIS, dá vontade de que ambos tivessem sido campeões. É uma pena que esse time vai se desmontar, senão certamente voltaria pra Série A em 2011.


Abraços!

Claudio Henrique disse...

Jogaço, nunca vi um time tão ofensivo como o Santos se defender daquele jeito. Quem diria, um time ofensivo como aquele ganhar o título na retranca?

Abraços