segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Os Estaduais

Ah, campeonatos estaduais. Os campeonatos mais divertidos do ano, e que alguns times precisam para sobreviver. Existem os amantes, os quais eu em incluo. Entretanto existem os torcedores que acham estaduais uma perda de tempo, que atrapalha a temporada. Esses são torcedores egoístas de times grandes.

Pode ser que, para um Corinthians ou um Flamengo, seja mais um torneio qualquer, e esse sentimento pode afetar seus torcedores. Entretanto, e para um Mirassol?Para um Potiguar de currais Novos (RN)?

E o que representam esses estaduais? São torneios que sustentam grandes clubes. Torneios de grande rivalidade. Que clube não quer ser soberano em seu Estado? Indispensáveis. Inesquecíveis. Fantásticos. Como definir os estaduais?

Ocorre que, gostem ou não, a grande graça dos estaduais são os clássicos. Então não há como criticar o regulamente dos últimos anos do Gaúchão, que não teve nenhum Gre-Nal.

E também por isso que, apesar de aparentar ridículo, a fórmula do Carioca é fantástica. Além dos clássicos certos, várias fases decisivas (o único “porém” são três taças para um título...).

Uma coisa ridícula em estaduais é o sistema de pontos corridos. Estadual não é para premiar o melhor, é para disputar, rivalizar. Ter mata-matas. Deixe a premiação para o melhor pro Brasileirão. O Paulistão vencido pelo Santos em pontos corridos foi muito chato, sem emoção. Por isso que até o campeonato brasiliense parou com pontos corridos e incluiu mata-matas.

Mas o campeão de regulamente ridículo é do Roraimense de 2006. Oito clubes, jogam todos contra todos em turno e returno e ... OS OITO PASSAM PARA O AMTA-MATA. Um monte de jogo para porra nenhuma!

-No Mineiro, 12 times jogam contra si em turno. Os dois piores caem, sobram 10. Dos dez oito passam para a segunda fase. Moleza para passar. Um Roraimense 2006 melhorado.

-No Goiano,10 times divididos em dois grupos. Jogam dentro do grupo em dois turno e contra outro grupo em um terceiro. Depois de mil jogam, semis e final. (três turnos. Por que não dois?).

-No Maranhense. 10 times divididos em dois grupos, e a merda começa aí: grupo da “capital” (A) e grupo do “interior” (B). Os três primeiros passam a uma semifinal, um gruão de sias times. O primeiro vai para a final do turno contra o vencedor entre segundo e terceiro. Os dois últimos ainda da primeira fase jogam entre si. Os dois primeiros vão para o returno e os dois últimos são rebaixados. No returno, oito clubes em turno e returno. Campeão do turno x campeão do returno é a final. Que confusão hein?

-No Sul Mato-Grossense, 18 times jogam mil e cinco jogos. Passam 10 para a segunda fase, que se dividem em dois grupos. Os 4 primeiros (detalhe: independente do grupo) vão para um outro grupo. Dois primeiros na final.

Agora questiono: por que que, ao invés de criarem regulamentos tão estranhos e confusos, os dirigentes do Brasil não se preocupam em fazer, partindo desse ano na série D, séries E, F e G? O Brasil tem muitos times com problemas financeiros justamente porque, depois dos estaduais, quem não está na série C (atual D) fecha as portas por um ano, só gastando e pagando, sem receitas.

Na Inglaterra tem umas seis divisões. Por que não podemos ter mais aqui? Será melhor para todos: dirigentes, clubes e jogadores.

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