domingo, 13 de setembro de 2009

Outra atuação fraca

Depois de uma semana de eliminatórias, volta o campeonato nacional. E na volta já dois jogaços. Um, Inter e Cruzeiro, outro, Vitória e Palmeiras.

O Vitória é muito forte no Barradão. Tirando o fato de ser freguês do São Paulo, o time é quase imbatível no Barradão. Só perdeu do Tricolor paulista em todo campeonato. A idéia palmeirense era colocar a segunda derrota na conta. O problema principal, além das dificuldades de pegar um Vitória sempre muito difícil na Bahia, era a ausência do Diego Souza, um dos melhores do certame. Ele não tem substituto. Isso sem falar que o Vitória gosta de complicar o Palmeiras. Meteu 7x2 em pleno Palestra em 2002, rebaixou o time em 2001.

Na escalação lá vou eu reclamar. Devo ser muito burro, mas não entendo por que não jogar pra frente. Se é pra perder, que perca atacando. Nesse campeonato é melhor ganhar uma e perder duas que empatar três. Parece que Muricy não sabe disso. Gosta de retranca, joga para não perder, contradizendo seu próprio discurso de que time que quer ser campeão tem que ganhar jogo fora.

Hoje, mais uma vez, errou na escalação. Colocar Marcão já diria isso. Os amigos sabem o que penso de Wendel e Armero. São ótimos laterais. LATERAIS. Até acho uma frescura isso. Lateral tinha que saber marcar e defender, mas hoje não é assim: ou um ou outro. Ambos são laterais. Logo, com três zagueiros, o Palmeiras perderia o meio de campo. Cleiton ficava só na armação. presa fácil para Uelinton marcar.

O JOGO

O começo do Palmeiras foi razoavelmente bom, pressionando a zaga do rubronegro. Porém, logo o Vitória tomou conta do jogo. Roger meteu uma bola na trave. O Palmeiras com um 5-3-2, que às vezes tinha seis atrás pelo posicionamento de Edmílson permitiu amplo domínio do meio campo por parte do mandante. O gol não demoraria a sair, porém, saiu do jeito mais "difícil": bola parada com falha do grande Marcos, que estava um tanto estranho. Ele tirou mal e a bola sobrou para Uelington, cuja função-mor era marcar, que sem querer fez 1x0.

O Verdão, que já estava mal, perdeu-se por completo. Neto Berola se mostrou um ótimo jogador. Muito habilidoso, e dribles curtos, e o principal: é objetivo. Não é um Dentinho, do Corinthians, que dribla para a torcida. Ele sozinho amarelou toda defensiva alviverde. Cai demais, verdade, mas foi muito bem. Numa saída errada da zaga por pouco não saiu o segundo.

Perdido em campo, o alviverde era amplamente dominado. Nada fazia, enquanto que o rival criava boas chances. Muitas na bola parada, porém, várias chances. Como quem não faz, toma, Robert fez o gol de empate. Completamente sem merecimento, o Vitória dominava o jogo. Injusto não, pois não houve erro de arbitragem.

No segundo tempo o jogo era muito varzeano. O Vitória atacava com uns seis, sete. Deixava tudo aberto atrás. Todavia, o Palmeiras não aprendeu ainda como se contra-ataca. Um abre na direita, um na esquerda e vambora. Não, o alviverde não aproveitou nenhuma chance. Especialmente por uma tarde infeliz de Vágner Love, que errou diversos passes e mais caía que jogava.

E justamente nessa tarde infeliz, Love perdeu uma bola no ataque, que resultou em um ótimo contra-ataque baiano. A zaga do Palmeiras ficou assistindo a bola rodar pra lá, pra cá e a bola sobrou para Neto Berola, que fez mais um para o Vitória.

O Verdão se perdeu totalmente em campo e logo o Vitória chegou ao terceiro gol. Mais uma vez com a zaga perdidinha, assistindo tudo. Ninguém marcando. No final ainda teve uma reação, com outro gol de Robert. Mais para dar emoção que por qualquer merecimento. Ortigoza ainda perdeu um gol incrível.

No final, se querem saber, achei ótimo o resultado. Muricy tem que aprender a jogar pra frente. Em determinado moemnto podia colocar o Sacconi, pôs outro volante: Sandro Silva. Aí não ganha mesmo.

E cada vez mais creio que vou acertar outra vez meu palpite de campeão. E será o São Paulo (como já escrevi lá em junho). O Palmeiras, os amigos sabem, não coloco fé. Nenhuma fé. Nem na liderança sobrando coloquei como favorito, por que o faria agora? E o Inter é o que digo: time amarelão. Quando depende só dele, entrega. Perdeu do Cruzeiro. É verdade que o Palmeiras tá num rabo do tamanho do mundo, mas não creio em nada melhor. É verdade também que o discurso palmeirense após o jogo lembra muito o São Paulo pós-Atlético. Mesmo assim, não acho que o Palmeiras será campeão. E continuo cravando São Paulo seco.

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